Antropologia de Boteco [1] Pt. 1

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Apresentando rapidinho aqui o que vocês verão a seguir porque o post já tá grande, como sabem eu sou um blogueiro sem tempo e com preguiça então to aceitando umas sugestões e ums posts prontos e esse é do meu amigo André que escreve muito bem então resolvi postar o texto dele aqui pra vocês verem um pouco da arte do menino, que por sinal já se apresentou no texto, mas como eu escrevi isso antes de ler e estou com preguiça de acabar, toma aí a parte 1:

André Te Aconselha a Ler Ouvindo:

Bem,como eu descrevi ao meu amigo homossexual de integridade física comprometida, mais conhecido como TG,hoje me ocorreram algumas situações curiosas o bastante para que eu me sentisse inspirado o suficiente para realizar um exercício antropológico de qualidade duvidosa,ou seja,escrever um texto pra um blog.

Antes de qualquer coisa,eu prefiro me apresentar para que alguém que leia essa bagaça (além de mim e do TG,o único daqui que me conhece) possa entender mais ou menos como eu sou,e consequentemente,o que eu escrevo. Bem,meu nome é André Vargas,tenho 17 anos incompletos,estudo no Colégio Pedro II Unidade Inferno. Digo,Hell-a-lengo. Ou então a minha morada(sim,eu sei que eu moro mal,não é necessário o lembrete). Sou guitarrista e vocalista da Banda HDC(é óbvio que haverá um merchan,confiram se quiserem),apaixonado por música(principalmente Rock Clássico),e escrevo bastante. Mas não costumo escrever pra blogs ou redes sociais,porque não gosto de textos digitados. Pra mim a alma do que está sendo escrito está na mão de quem escreve,e a internet é uma coisa um tanto artificial pro meu gosto literário. Apesar disso,hoje eu decidi gastar um poquinho do meu tempo pra fazer isso (OBS:Escrevo pra cacete. E sou fluente em palavrões. Estou me contendo em homenagem à honra do blog. Risos.)

O que me inspirou foi o meu dia de hoje,e acredito que esse texto seja um tanto "PC Siqueira",levando em consideração que uma coisa vai puxando outra,de maneira meio "atropelamento". Sou filho único,e geralmente tenho o que fazer aos domingos(graças a banda). Hoje foi um dia bem família(coisa que não costuma acontecer). Antes de qualquer coisa,acordei de tarde. (Outra coisa que também não costuma acontecer.Geralmente tenho um despertador pessoal que atende pelo nome de meu pai. ^^) Depois disso preparei um almoço pra mim,pensando em como as pessoas não sabem tomar conta delas mesmas. A grande maioria dos meus amigos e (TG,insira uma barra aqui,no meu teclado não há - Se isso aparecer no texto final,TG VOCÊ É UM ANIMAL) ou parentes da minha idade(ou próximo disso) não saberia viver sozinho,em termos práticos. Não sabe passar roupa,ou lavar louça,ou cozinhar. Ou então não entende de locomoção,não conhece os lugares da cidade,não sabe pegar ônibus. Eu pessoalmente acho isso um absurdo,já que as pessoas cada vez mais cedo são incluídas(sem direito de escolha) na sociedade.Acredito que as pessoas precisam saber tomar conta delas mesmas,onde for. Não precisar depender de outra pessoa pra fazer coisas que estão ao seu alcance. Como tem gente que exige liberdade pra algumas coisas,mas corre pro colo dos pais do primeiro instante de dificuldade! Caralho! O mundo é de gente grande,porra! - Fim da sessão esporro (hum... ;D) - Meu almoço ficou pronto. Comi,lavei a louça e fui esperar pra começar o jogo do Flamengo. Sim,sou um torcedor bem ativo,mas realmente me impressiono como tem gente que consegue ser exagerada em relação a isso,realmente coloca a vida no time. Até aí acho admirável. O foda é quando o jogo é mais importante do que a vida real. Pois bem. Pra minha surpresa e alegria,meu pai abandonou a aula da pós-graduação pra vir assistir o jogo comigo (ele torce pro Fluminense - acho que encontrei geneticamente a razão de eu matar aula por um motivo qualquer,haha). O que me veio a cabeça em meio ao jogo,é como as pessoas se unem por motivos estranhos. Eu quase nunca passo tempo com meu pai,talvez por escolha própria,não sei. Mas em decorrência do jogo,estávamos discutindo muito bem sobre futebol,muito provavelmente por ser um interesse em comum. Na verdade,obviamente por ser um assunto em comum. =D 

Talvez por isso a minha surpresa ao ouvir meu pai,que nunca sai de casa após às 18h(parece um vampiro ao contrário,sério mesmo),chamar a mim e à minha mãe para o cinema. Declinei a proposta(recusei,pra quem não sabe) porque já tinha planos. Tinha. Odeio quando pessoas dismarcam compromissos sem motivo.Geralmente eu me atraso,mas sempre vou.Tenho meu tempo,e isso não é necessariamente uma coisa boa. Eu me entendo comigo mesmo,coisa que não significa necessariamente que eu vá me entender com as outras pessoas. No fim das contas,meio à contragosto,acabei indo pro cinema com os meus pais. Eles são bem tranquilos,me dou muito bem,mas honestamente não era o que eu estava esperando pra noite(esperava uma companhia feminina da minha idade e uma cerveja gelada. OBS: Eu bebo bem. Mas isso não vem ao caso. ;D). Fomos ver "Besouro Verde",em 3D. Na verdade,eu não sabia que era em 3D,só soube quando entrei na sala de cinema,e já pensei: "vai dar merda". O cara que planejou o óculos sem dúvida alguma deixou de pensar em alguém que é completamente cego sem o par de lentes unidas por pedaços retorcidos de metal ou plástico. Simplificando,foi complicado arranjar uma maneira de prender o óculos 3D por cima do normal. O filme foi bem legal,por incrível que pareça. (Taí uma crítica positiva,Fernandinho,se por acaso você ler esse texto). Saindo do cinema,a fome bateu. Sem dúvida alguma incentivado pelas cores fortes,tanto dentro do filme,quanto no cinema e fora dele,dezenas de lanchonetes cujas cores seriam um motivo de grande diversão durante uma viagem de LSD. "Picture yourself,on a boat,on a river,with tangerine trees,and marmalade skies..." Taí,mais uma característica minha: interromper o que eu falo com trechos de músicas. Voltemos à minha saída do cinema. Logo me encaminhei à fila da maior e mais colorida das lanchonetes (O McDonalds,dããããã,foda-se o Copyright. - "Quem diria,um músico ignorando direitos autorais",e o caralho...Sou contra,arte é uma coisa pública.Se você expõe alguma coisa,é pra ela ser consumida,deixa de pertencer a você. Literatura é arte. Sim,eu sei,grande exemplo chamar um blog de literatura,mas não deixa de ser um texto). Vendo os preços,sugeri a meu pai que fôssemos à outra filial,fora do shopping,acreditando que lá os preços seriam bem mais baratos,por eu tê-los visto,poucos dias antes..

Continua...   

A parte 2 vem qualquer dia desses, e talvez acompanhada de novidades, mano TG fica por aqui deixando esse post pra vocês, e lembrando que é a primeira participação do André aqui então, comentem e deixem-nos alegres :D